Ela sabia que o que sentia
amor não era
Talvez - só talvez - fosse paixão
pré-estação da primavera
Mas por que então lhe doía
ver as folhas caídas
outono sem cores
ao fim da estação?
Talvez fosse chama
pra aquecer o inverno
Mas - que inferno! - por que então
tudo a inundava
feito chuva de verão
inundava de desejo
de torpor
e a afogava no breu
se não era amor?
E finalmente o que ela sentia
deixou de ser ansiedade,
deixou de ser apatia.
Virou apenas saudade...
é mesmo... por que, então?
ReplyDeleteessas inundações...
adorei, Roberta!
Um bjo.
nossa, adorei!
ReplyDeletemuito muito bom!
beijo
Amor não é mesmo inundação, amor é como a superfície do lago que repousa numa manhã de primavera, sem brisa, sem dor! Paixão é ferida aberta, inundação, maremoto,desastre, inverno, inferno, mais intenso, mais sedutor, mais avassalador, porque tectônico, mas que em alguns milhares de anos chega a ser lago, que reflete apenas as estrelas do céu e os olhos teus! Belo, intensamente sentido!
ReplyDeleteNossa! A quanto tempo não sinto essa paixão incômoda... Tenho saudades... Meu amor hoje tem gosto de "fruta mordida", sem altos e baixos, mas uma delícia!
ReplyDeletePorque É amor.
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