Não como eles eram, mas como ela se lembrava deles."
Eram cinzas.
Cinzas como a tempestade que se formava então em sua vida.
Como as cinzas que sobraram do que ela fora antes de encontrá-lo.
Como o fim que ela quase encontrou.
Eles foram o ápice.
A síntese da loucura a que se entregou
por um espaço de tempo tão breve
que ela nem chegou a entender.
Mas que mudou pra sempre o que seria.
Tudo por culpa daqueles olhos.
Que trouxeram em seguida a boca,
as pernas entrelaçadas,
o desejo.
O desfecho.
E que depois se tornaram tão frios -
quanto aquele dia cinza
em que eles se tornaram cinzas.
E ficaram gravados a ferro e fogo em sua memória.
Como o fogo que que subiu por suas pernas
naquela noite inglória.
E que deixou apenas as cinzas pra contar história.
Perfeito! Lindo esse poema que escorre por minha alma tomando forma do que estou passando em meus momentos atuais. Parabéns!
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