E quando eu fecho os olhos e me entrego
Aos sonhos que me povoam a mente insone
Adormecida mesmo, meu corpo está desperto
E minha pele quente grita então seu nome
Sinto um torpor me consumindo aos poucos
Como se seu toque anestesia fosse
Me deixando inerte, entregue ao seu corpo
E sinto sua boca, seu hálito doce
A me beijar de leve o corpo descoberto
A percorrer minha nuca, causando arrepio
Esse seu corpo quente a me puxar mais perto...
Noite adentro sonho ainda mais febril
Mas ainda durmo, e não sei se desperto
Não suportaria lidar com o vazio.
E finalmente o que ela sentia
deixou de ser ansiedade,
deixou de ser apatia.
Virou apenas saudade...
sentir a presença ultrapassa o estar perto...
ReplyDeleteAdorei, amiga!
ReplyDeleteDifícil manter-se longe de quem amamos....inclusive em sonho!
Lindo demais, um soneto, parabéns!
ReplyDeleteConsidero o soneto uma das formas mais difíceis de "trabalhar" em poesia.
ReplyDeleteEste nada a fica a dever aos mestres clássicos do soneto em nossa língua. No ritmo, na intensidade, na homogeneidade, na textura, na sonoridade...
Parabéns, Roberta. Grande soneto, intenso como o sonho!
quando se deita a poeta sonha em versos
ReplyDeletee extravasa o que está em seu coração.
a mente junta os seus desejos mais dispersos
e os derruba, imprimindo-os, no colchão...
Olá Roberta,
ReplyDeleteConcordo com o amigo Manuel, o soneto continua sendo uma das formas fixas mais difíceis, e mais belas, da arte poética.
Falando especificamente do seu soneto, gostei especialmente da sua escolha das rimas que foi muito, mais muito bem acertada.
Um poema muito bonito.
Abraços,
Marcos.
"Noite adentro sonho ainda mais febril
ReplyDeleteMas ainda durmo, e não sei se desperto"
Mesmo sabendo que é um sonho, a descrição por ser intensa, fêz com que eu me esquecesse do título; e o final forte e escancaradamente sincero: "Não suportaria lidar com o vazio". Lindo.
Sem buscar apenas a beleza da forma, o conteúdo é "hot hot"!
ReplyDeletebj
frodo
lindeza de soneto, querida.
ReplyDeletebeijo
E quando este soneto de sonho intenso acontece quando estamos acordadas? hummmm, poema que faz sonhar!
ReplyDeleteBeijos!
Ah, Robeta que delicia de poema!!!
ReplyDeleteah... lindo!
ReplyDeleteAdorei!
Uau, Roberta, uau! O ritmo, o caminho e o rodamoinho de palavras que leva pela mão. Delícia de passeio. Obrigado!
ReplyDeleteDetalhes minuciosos de um soneto de amor anunciado.
ReplyDeleteAs cenas, tão vias como o sangue que corre pelas tuas veias...
Belíssimo!!
Graça a Deus não li seu lindoe breve poema há um ano atrás. Só a quem os sonhos já povoou a mente insone sabe o que é não querer despertar a fim de lidar com o vazio.
ReplyDeletePerceber que o melhor dos sonhos foi na verdade o pior dos pesadelos é um paradoxo que dói na alma.
Belíssimo, poeta, belíssimo!
Viver os delírios da alma e não querer acordar nunca...
ReplyDeleteLindo demais.
Deu saudade! Passei pra ler coisa boa... adoro o que escreve e já te disse isso. Beijocas e me visite. XB
ReplyDeleteVocê é simplesmente espetacular.
ReplyDelete"Sinto um torpor me consumindo aos poucos
Como se seu toque anestesia fosse
Me deixando inerte, entregue ao seu corpo
E sinto sua boca, seu hálito doce"
http://sincerossuspiros.blogspot.com/