Verso de mim...
Aqui estão poemas atemporais... escritos há muito tempo... ou poucos minutos atrás. Os sentimentos não mudam...
Outras faces de mim...
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E finalmente o que ela sentia deixou de ser ansiedade, deixou de ser apatia. Virou apenas saudade...
Wednesday, May 15, 2013
Cinzas
Sunday, May 13, 2012
Calmaria
ela se viu perdida num vazio de sentimentos...
Logo ela, que sempre fora tão intensa.
Perdera há muito a noção de paixão, de taquicardia,
do coração saindo pela boca.
E, depois disso, deixou de sentir tudo,
todo o resto.
Deixou de sentir vontade.
Ou melhor, passou a não se satisfazer com nada,
como se nada fosse o bastante
pra preencher aquela vaga imensa...
Sufocara tanto seus sentimentos genuínos,
calara tantas vezes seus desejos mais profundos,
que perdeu a voz,
calou-se,
perdeu a capacidade de expressar o que lhe ia n'alma.
Se é que sobrara-lhe algo.
Se é que sobrara-lhe alma.
Nunca mais sentiu o mesmo desejo incendiando seu corpo.
Nunca mais sentiu aquela emoção inundar sua alma.
Tentava, desesperadamente, sobreviver,
não aos vendavais,
mas ao excesso insuportável de calma.
Thursday, November 10, 2011
The Aftermath*
Existia ali algo inesperado, desconhecido.
Não, talvez não desconhecido. Esquecido.
Ela havia esquecido o que era o desejo,
o que era sentir as pernas queimando.
Aquele fogo subindo corpo acima,
tirando-lhe a capacidade de raciocinar,
de ser coerente.
Balbuciava coisas sem sentido.
Era assustador o que ele estava fazendo
com sua mente,
mas desesperadoramente delicioso o que fazia
com o seu corpo.
Perdeu os sentidos.
E quando acordou, ele não estava mais ali.
Juntou os trapos, os cacos,
o desejo que lhe vertia pelos poros.
Nunca mais se sentiu tão viva.
E nunca mais conseguiu falar de si mesma
na primeira pessoa.
Perdera-se.
*The Aftermath. Aquilo que sobra depois da calamidade. As consequências que ficam ao fim da guerra. Aqui, o pós delírio. O que sobrou ao fim da devastação emocional. Aftermath.
Thursday, April 7, 2011
Naufrágio
Mas ainda arde.
Será que vai voltar o medo
nesse fim de tarde?
Pois ao tentar o desapego
e me livrar desse aconchego
perdi bem mais que o meu sossego:
perdi minha identidade.
Fiquei nua.
De todas as formas que se pode imaginar
eu fiquei nua.
Diante do seu olhar
eu fiquei nua.
E ao você partir
eu fiquei nua - De mim.
Não pela sua ausência,
mas pela minha própria indecência
de ser sua.
E o fim
não era o final da linha.
Era o começo do que sobraria.
Escombros.
Escombros e uma vaga lembrança do que eu seria
se eu tivesse ouvido a voz que me dizia
pra não entrar no barco
sem saber nadar.
Sou um naufrágio em mim mesma,
estou à deriva.
Aprendendo a respirar
debaixo d'água.
Aprendendo a sobreviver
à minha própria mágoa.
Tuesday, November 2, 2010
Ausência.
Não por excesso, mas pela falta.
Essa falta que enche meus dias
Que sufoca meus pulmões
Como se sua ausência
Fosse algo palpável
Físico
Presente.
Mas você está ausente.
E é nisso que reside toda a minha ira
Minha confusão
Minha impaciência
Minha sina.
Essa dor permanente
Estado de latência
Que não termina.
E agora?
Como vou fazer
Se nem mesmo sei
Se você foi embora?
Já que nesse impasse
Vivo em descompasso
Entre o sim e o não
E o seu abraço.
Saturday, September 25, 2010
Soneto de um sonho intenso
Aos sonhos que me povoam a mente insone
Adormecida mesmo, meu corpo está desperto
E minha pele quente grita então seu nome
Sinto um torpor me consumindo aos poucos
Como se seu toque anestesia fosse
Me deixando inerte, entregue ao seu corpo
E sinto sua boca, seu hálito doce
A me beijar de leve o corpo descoberto
A percorrer minha nuca, causando arrepio
Esse seu corpo quente a me puxar mais perto...
Noite adentro sonho ainda mais febril
Mas ainda durmo, e não sei se desperto
Não suportaria lidar com o vazio.
Saturday, September 18, 2010
Não
Nunca mais vou abrir os braços
Pra acolher abraços
Que nunca se dão
Não.
Afaste-se, enfim
Pois esse seu beijo
Nunca foi de mim.
Sunday, August 1, 2010
Tanto
Por te querer demais...
Comecei a guerra,
Perdi minha paz.
Tanta entrega, tanta espera
Tanto medo de não ter
Outra chance, outra guerra
Outro tanto de você.
Tantas virtudes perdidas
Tanta energia aplicada
Tantas noites mal dormidas
Tanta paixão desperdiçada...
Tanta vontade sufoca
Cada vez que te vejo
Que esqueço do tempo em tua boca,
Perdida de tanto desejo.
Inspiração:
"É tanto, é tanto... Se ao menos você soubesse...
Te quero tanto..."
Skank
Sunday, July 18, 2010
Só desejo.
Que fique bem claro.
Desde o começo
não foi amor o que me virou pelo avesso:
foi desejo.
E quando a mente me trai
e traz à tona lembranças,
o que povoa os meus pensamentos
não é poesia:
é teu beijo.
Um beijo apressado, apaixonado,
elétrico, intenso.
Mas não, nem um pouco de amor.
Só desejo.
Saturday, June 5, 2010
Vício
Nenhuma recaída.
Mas não, não posso ainda dizer
que me curei.
O mal que você me causou
não tem cura,
droga pura,
que demora muito
para desintoxicar...
desintoxicação de você,
do seu cheiro, do seu toque.
Estou até bem sem dar um trago do seu perfume.
Mas não se iluda:
Só eu sei
a que duras penas
vou tirando você
do meu sistema...
Saturday, May 1, 2010
Para esquecê-lo. (Perfume)
Nunca mais cederia àquele desejo irracional
que sentia cada vez que sentia seu perfume
e o aroma fresco de seu hálito.
Não mais pensaria naquelas noites.
Sua mente não mais ficaria turva
com imagens borradas, cheias de pernas entrelaçadas,
repleta de sons e cheiros.
O cheiro dele.
Misturado ao dela.
E enquanto a água batia em seus ombros
debaixo do chuveiro,
decidiu que nunca mais pensaria
em como se deliciava
com a mistura do cheiro do shampoo
com a loção pós barba que ele usava.
Mas que fazer?
Seu próprio perfume a perturbava,
pois trazia à sua mente
como o cheiro dela e o dele
se misturavam
perfeitamente...
Não tinha outra solução.
Teria que evitar o perfume dele.
Trocar o próprio perfume.
A própria essência.
Trocar os cheiros do mundo todo.
Só pra esquecê-lo.
Sunday, April 4, 2010
Nova
Outra hora. Outra vez me confundo com suas engrenagens.
Chega.
Chega de buscar nos seus olhos
Um motivo pra perder o rumo.
Chega de me perder em você.
Como se não bastasse o que você teve de mim.
Como se eu não tivesse cedido o bastante.
Dado mais do que eu tinha. É o fim.
É o fim de uma busca que eu nunca quis.
De um romance que não tinha objetivo.
De uma história sem final feliz.
E agora é hora da virada.
Nova. Assim eu sou.
Mais nada.
Saturday, March 13, 2010
Desabafo
Saturday, March 6, 2010
Meus ciclos
Saturday, February 27, 2010
Sonho
Era capaz de sentir seu hálito fresco e doce
Respirando em minha nuca
Beijando meus cabelos
Minha boca
E sentir seu corpo inteiro me abraçando
Me apertando com jeito
Com vontade
Aconchego
E senti meu corpo inteiro arrepiar-se
Minha pele reagindo
Sem ter medo
Se despindo
Era como se nada mais importasse
Só teu riso em meus ouvidos
Só teus braços
Me sentindo
Eu sorria como há tempos não sorrio
Ao sentir-te assim tão perto
Tão inteiro
Tão certo
E aquele arrepio que subia pela espinha
Me fazia sentir mais, bem mais
Me sentir mais plena
Em paz
E acordei com uma sensação estranha
Um bem estar tamanho
Muito embora tua presença
Tenha sido só
Um sonho
Sunday, February 7, 2010
Odeio
Odeio esse teu olhar travesso
como se me despisse
sem ninguém notar.
Odeio esse azul cinza dos teus olhos,
essa incógnita presente e inconstante,
de uma cor tão fria e tão brilhante
mas que esquenta minha espinha e faz queimar.
Odeio essa fraqueza em meus joelhos,
essa tontura que me toma ao te tocar.
Odeio olhar pra mim no teu espelho,
e ver tanto desejo em teu olhar.
Odeio, mais que tudo, o teu poder,
tua força, que domina o meu pensar.
Odeio teu silêncio e tua fala,
teus mistérios, tua clareza,
tanta loucura, tanta incerteza.
E odeio, mais ainda, te desejar.
Odeio estar em tuas mãos e me perder.
Sim, odeio.
Você.
Saturday, January 30, 2010
Feriado
Passado.
Poderia ter sido?
Como saber...?
Acho que nada que é
Tem outra opção.
Nada seria de outra forma,
Nada é senão.
Desapegar do passado é preciso
Mas ainda mais necessário
É desapegar do passado impreciso
Aquele que nunca houve,
Imaginário.
O passado é "ser"
Naturalmente imutável
Mas o hoje é "estar"
Dinâmico
Transformável
E está aqui.
Ao alcance das mãos.
Thursday, January 14, 2010
Ano Novo
Zerar as baterias
Reerguer energias
Reconstruir forças.
Despir-se de velhos fantasmas,
Expulsá-los do sóton,
Ou chamá-los de vez
Pra comer à sua mesa
Pra se livrar do medo,
Da incerteza.
Fazer tudo novo
Mesmo que seja tudo o mesmo
Feito de novo
De um novo jeito.
Pois nada é, de fato, igual.
Buscar só a harmonia
Pois isso é que fará
Toda a diferença
Ao final do dia.
Ano novo
Novo dia
Nova chance.
Quem diria?
Friday, January 8, 2010
Se não era amor...
amor não era
Talvez - só talvez - fosse paixão
pré-estação da primavera
Mas por que então lhe doía
ver as folhas caídas
outono sem cores
ao fim da estação?
Talvez fosse chama
pra aquecer o inverno
Mas - que inferno! - por que então
tudo a inundava
feito chuva de verão
inundava de desejo
de torpor
e a afogava no breu
se não era amor?
Tuesday, January 5, 2010
Frisson
Um calor crescendo das entranhas
Subindo pela espinha
Derretendo os neurônios
Um a um.
É assim que tudo acontece.
É assim que a gente se perde
E depois, tal qual os neurônios,
O corpo todo derrete
Vira água
Vira nada
Pois nada mais se controla
E o que sobra, ao final,
É uma lembrança vaga
Uma imagem embaralhada
Sons confusos na memória.
Frisson.
Saturday, January 2, 2010
Te amo
Com uma intensidade infinita e inexplicável
Que não se abala diante do tempo
Ou das mudanças que se formam
Sobre nossas vidas.
Te amo
Com toda a força e a pureza que existem
Com toda a minha natureza
Com tudo que sou e me tornei.
Te amo
Porque já não encontro outra razão
Pra ser feliz.
Eu te respiro!
Te sinto dentro de mim
Quando tudo é só pensamento.
E te sinto mais forte, mais simples,
Quando deito em seu peito
E o céu se abre sobre nós
Pra mostrar que, além de real,
É um amor do Universo.
E estava escrito nas estrelas.
Friday, January 1, 2010
Tolices
Uma sensação estúpida, idiota...
Tola como eu.
Tola por esperar você
Por te desejar
Te querer.
Tola por fazer planos
e ver que em seus plano
seu nunca sou mais.
Ficar sempre pra depois,
pra mais tarde,
pra outro dia,
outra oportunidade...
E, ainda assim, continuar,
seguir tentando
sonhando
querendo
chorando
sentindo
vivendo
E te ver recuar outra vez.
Até quando eu vou ficar sonhando
com o amor que a gente não fez?
Tuesday, December 8, 2009
Se for pra você voltar - parte II
Sunday, November 29, 2009
Sem saída
Erótico
Mexe com todos os meus sentidos
Me põe cega
Quando suspira no meu ouvido
Visão turva
Um arrepio me descendo a espinha
Uma curva
E a sua língua percorre a minha
Eu me perco
Já não controlo mais coisa alguma
Um momento
É o que te basta pra me pôr nua
Sem saída
Entrego o corpo todo ao teu beijo
E já perdida
Me rendo à força do teu desejo
Sunday, November 15, 2009
Se for pra você voltar...
Saturday, November 14, 2009
Desafio
Friday, November 13, 2009
Em brasa
Wednesday, November 11, 2009
Domingo
Friday, October 30, 2009
Fogo
Além de desejo
Uma forma errada
Um lampejo
Mas por que do nada
Eu já não festejo?
Estou tão magoada
Sem seu beijo
Sei que nada posso esperar
Você nunca quis nada além
De beber de mim, me desfrutar
De querer o que eu queria também
Mas por que agora, que chegou ao fim,
Não se apaga em mim esse fogo aceso,
E me queima o peito, arde até o fim?
Vai queimar até esgotar meu desejo
Que é combustível, alta combustão
Que me turva a mente, que me joga ao chão
Que me lança longe e afasta meu juízo
Desejo insano, verdadeiro, intenso
Que mais me confunde quanto mais eu penso
Que me tira o foco e tudo que eu preciso...
Friday, October 23, 2009
Fagulhas
Tua fuga, minha fuga...
Monday, October 12, 2009
Indiferente
Meu tempo a ti pertence...
Friday, October 9, 2009
Partida
Thursday, October 8, 2009
Planos
pra sugar o meu amor
não há mais por onde entrares
não vou mais ceder à dor
Eu não quero ser escrava
teu remédio ou veneno
Posso até curar teu karma
mas não teus sonhos pequenos
Não vou ser o teu refúgio
pra esconderijos banais
Não vou matar tua sede
numa loucura fugaz
Não vou viver me escondendo
das profundezas do amor
só pra poder me render
ao teu ciúme e temor
Não quero ser tua metade
pois nunca seremos um só
Estou aqui pra mostrar-te
que sem ti eu sou melhor
Pois sonhos possíveis eu tenho
conheço as limitações
conheço teu mundo pequeno
e tuas inúteis paixões
Por isso esqueças teus planos
teus desejos ou o que for
caso queiras beber meu sangue
pra sugar o meu amor...
Sozinha
Atravessando um mar de solidão
Um deserto escuro e sombrio
Onde só ouço as batidas do meu próprio coração
Onde havia dois, numa só cadência
O que veio depois, ao fim da inocência
Foi o desespero, essa angústia louca
Esse pesadelo, o coração na boca
Que já está tão longe dessa boca sua
Essa fonte doce que me punha nua
Todo aquele sonho que ficou no plano
E hoje estou aqui, sem saber ao certo
Porque foi fugir estando já tão perto
De saber, enfim, o quanto eu te amo...
Wednesday, October 7, 2009
Ardendo
Soneto confuso...
Perdida...
Toque
Tuesday, October 6, 2009
Fim
Não quero mais perder a paz
sem te esquecer
Tenho que entender
que não fui eu quem te perdi
Me apaixonei, tentei te ter,
não consegui
E, no final, eu vejo que é melhor assim
já que a verdade
é que você perdeu a mim
pois outro alguém como você é fácil achar
quem queira transas
sem esperança
e sem gostar
Mas quem se entregue
quem seja leve
não é fácil assim:
Vai ser difícil pra você
encontrar alguém igual
a mim.
O que sou...
circular
Sou eu, sou você
somos nós
a procurar um novo espaço
para que eu seja
aberta, plural,
espiral...
em você.